Enquanto me entretenho com os afazeres domésticos, gosto de
ter a televisão ligada. Não que se aprenda grande coisa com a programação em
curso, mas, de todo o modo, ter a o televisor ligado, dá-me, na maioria dos
casos, uma falsa sensação de companhia.
Normalmente, não tomo grande atenção ao que vai passando.
Ouço apenas um barulho de fundo, como que se, além de mim, outros partilhassem
da minha labuta.
Ontem, entre o jantar dos pequenos e o põe e tira habitual
de loiça da máquina, percebo que algo de estranho se passa na RTP Memória.
Como que um ruído que se inicia ao longe e que rapidamente
se aproxima e nos fere os ouvidos, assim foi a sensação que experimentei, logo seguida
de uma visão dantesca que muito me fez desejar voltar à era da telefonia, onde
o som, por pior que fosse, jamais poderia ser acompanhado de imagem que o
completasse.
Ora espreitem lá:

Onde estava a CPCJ?
Onde estavam os “Eduardos Sás” da vida?!!!