sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Diz-me Como Conduzes, Dir-te-ei Quem És


É no trânsito que as pessoas se revelam, que mostram aquilo que são e a matéria de que são feitas.

Ao volante, tudo é permitido, não há regras nem tabus, daí que seja na estrada que se admirem as situações mais caricatas, algumas odiosas, de pura falta de civismo ou mesmo de falta de educação congénita.

A que vos relato aqui hoje é apenas cómica!

Um dia destes, seguia eu ao volante da minha viatura (nova e linda por sinal… já fiz referência à minha modéstia, certo?), cheia de pressa, aliás como sempre, e eis que me deparo com um aparatoso cenário de acidente, com direito a INEM, polícia, sirenes, fila de trânsito e claro, os execráveis mirones que deliram com a desgraça alheia!

Felizmente, pelo menos sob o meu ponto de vista, nada de grave. Apenas uma acelera que embateu num automóvel (ou vice-versa).

Enquanto o condutor do velocípede (ou bicicleta a motor como se diz na minha terra), recebia assistência médica, o casal de sexagenários, cuja irritação era maior que o estrago no automóvel, contava a quem passava no semáforo (em marcha lenta por força das circunstância), o que tinha acontecido.


E a empolgação era tanta que o senhor mal continha as palavras, tal era a velocidade com que as mesmas lhe saiam da boca. E porque o arrebatamento com que descrevia a ocorrência era evidente, até os dentes lhe faziam empate… de tal forma que decidiu... retira-los e, enquanto esbracejava com a dentadura na mão, lá ia deliciando quem passava, que mesmo sem ouvir o relato se encantava com o sorriso do homem! 

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