- Oh Mãe, eu fui num carro grande e depois o gajo bateu no A. (enquanto lançava o punho cerrado sobre a palma da outra mão).
- Um quê?!!!
- Um gajo Mãe!
- Não, não é um gajo, é um senhor. E isso não aconteceu de verdade, foi só um sonho.
- "tá" bem... mas ele bateu a mim!
sexta-feira, 28 de março de 2014
quinta-feira, 27 de março de 2014
Que Canseira de Vida!
Não gosto de atrasos, não suporto esperar e tenho verdadeiro
horror em fazer esperar, mas fora os compromissos pré-agendados, não gosto da rigidez
dos horários.
Tenho algumas limitações com horas fixas. Irrita-me aquela
carneirada de ter que chegar e sair tudo à mesma hora.
Bem sei que os horários fazem parte das regras, mas eu cá
sou mais adepta dos objectivos, do trabalho feito, das tarefas cumpridas.
Invariavelmente, chego ao escritório depois da hora. Felizmente,
tenho um chefe bem catita que não se queixa (um dia destes ainda me despede,
mas até lá vou confiando que é um porreiraço de mente aberta).
Já no que toca à
saída sou mais inflexível, pois que as minhas obrigações de Mãe não me permitem
ficar para além da hora. De todo o modo, e como aquilo que eu não fizer num dia
terei que fazer no seguinte, já que o meu trabalho não pesa sobre os ombros de
ninguém senão os meus, vivo de consciência tranquila!
Entre ontem e hoje descobri que esta minha forma de estar é
para meninos!
Ou isso ou sou eu uma incompetente que precisa de, pelo
menos, 7 horas diárias de trabalho para ter a “casa” arrumada, pois que há quem
o faça, com distinção, com apenas 1!
Precisando falar com um Sr. Dr. Chefe XPTO da Batata de um
departamento público, telefonei, na minha santa ingenuidade, por volta das 10h45
(os serviços abrem ao público às 9H00):
- Bom dia, será
possível falar com o Sr. Dr. XPTO da Batata?
- Ah, o Dr. não
está?!!!
- Então e pode
dizer-me quando estará?
- Ah, só depois das
11H00, que ele nunca chega antes disso….
Tendo em consideração que o horário da manhã se cumpre às
12h00, achei por bem ligar na parte da tarde, certamente seria mais
seguro.
Eram então 15H00:
- Bom dia, gostaria de
falar com o Dr. XPTO da Batata, por favor.
- Oh, mas isso não é
possível, o Dr. só vem da parte da manhã!
Hoje liguei às 11H10, ainda não tinha chegado…. – Ligue por volta das 11H30 que eu vou
perguntar se o Sr. Dr. tem disponibilidade para atende-la!
Por razões óbvias, imagino que não tenha!!!
segunda-feira, 24 de março de 2014
Pitanga, És Um Caso Perdido!
Na sexta-feira tirei o dia para me dedicar aos afazeres domésticos, nomeadamente para libertar os roupeiros dos quartos dos piolhos , os quais estavam vergonhosamente cheios de roupa de Mr. e Mrs. Pitanga...
Aproveitei ainda para terminar a decoração do quarto do bebé, o que me valeu duas horas de pé e uma valente dor nas costas.
No fim, fiquei orgulhosa, a coisa resultou como previsto:
Ou nem tanto, vá.....!
A minha inabilidade para as manualidades é constrangedoramente evidente!
domingo, 23 de março de 2014
É Assim Que se Começa!
O AP vive na missão de encher os bolsos, o mealheiro e a carteira (juro que este talento é absolutamente inato), pelo que não há moeda a que o piolho deite a mãe que, invariavelmente, não acabe num dos 3 destinos referidos.
Ontem, enquanto observava atentamente o Pai, que contava o conteúdo do seu próprio mealheiro, pediu-lhe uma moeda. O Pai fez-lhe a vontade e o rapaz rasgou um sorriso, enquanto se preparava para desandar.
O Pai, na mira da educação que tanto nos esforçamos para lhe incutir, chamou-o à atenção:
- Olha lá, então é assim? O que é que se diz!?
- Dá-me outra...!
Querido Filho, deve estar em estágio para se candidatar ao RSI!
quinta-feira, 20 de março de 2014
Os Tais 5 Segundos....
Se há coisa para a qual não tenho
paciência é para ir ao supermercado!
Sempre que posso, delego tal
tarefa no Sr. Marido, o qual, não só a acata com satisfação como ainda leva o “Pequeno
Príncipe” com ele, permitindo-me assim uma horita de inteiro relaxe, durante a
qual, invariavelmente, me divirto a “fazer” máquinas de lavar, a estender e a
recolher roupa, e tantos outros mimos que a vida doméstica proporciona… é a
loucura!!!!
Se o rapaz fosse daqueles que
aprecia o passeio domingueiro, em “fatreine”,
pelos corredores dos “hipers”, estaríamos mal, pois que se há coisinha que
abomino é esse tipo de programinha familiar deprimente!
Não obstante, por uma razão ou
por outra, há alturas em que as compras não se fazem em momento próprio, e
acabam por me calhar a mim.
Foi o caso desta semana!
Cheguei ao supermercado com a
listinha das faltas, e o cansaço que aquele lugar me impele, agarrei num
daqueles carrinhos do demónio, cuja dificuldade de condução é a mesma que
tentar arrastar um boi em paragem cardio-respiratória, e segui.
Como não tenho paciência (também)
para grandes malabarismos, nem estou em condições de fazer grandes esforços,
opto por deixar o carrinho no corredor central, enquanto vou buscar as compras nas
prateleiras das proximidades.
Com o carro já meio abastecido, e
porque precisava de coisas mais pesadas, lá levei a “furgonete” comigo.
Enquanto olhava atentamente para
os produtos, esmiuçando a variedade da oferta e promoções aplicáveis, apercebo-me
que alguém se aproxima de mim.
Ignoro e continuo atenta ao conteúdo das
prateleiras.
O vulto, aproxima-se mais e, como
que a medo, diz:
- Olhe, desculpe, mas esse carro é meu!
- Ãh?!! O quê?!!! Seu?!!! – Enquanto olho para o interior do
carrinho e, petrificada, constato que aquelas não são as minhas compras! Não
estão lá os meus dois baldes de pipocas, nem as tabletes Milka de tamanho XL!
Não pode ser!
Um pessoa normal o que é que
faria?!!!! Certamente pediria desculpa e entregava, de imediato, o carrinho à
dona!
Mas Pitanga, que é Pitanga, o que
fez? Agarrou o carro da mulher e disse:
- Então e o meu, onde está?!!! (como se a pobre da rapariga tivesse
alguma obrigação de saber!)
Só depois caí em mim e pedi
muitas desculpas, abandonando de fininho aquele maldito corredor, para nunca
mais voltar, tendo encontrado o meu carrinho de compras, à deriva, no mesmo
sítio onde o tinha deixado!
Depois disto, tive aquela linda
conversa no estacionamento, com o rapaz deficiente….!
Percebem porque é que eu prefiro
estender roupa?!!!
terça-feira, 18 de março de 2014
Pitanga Aprende!
Não tenho por hábito evangelizar
o mundo, armar-me em sabichona ou mãezinha dos incumpridores. Indigno-me,
contudo, com alguma facilidade, nomeadamente quando as pessoas têm atitudes de
pouco civismo, especialmente no trânsito, ou quando põem em causa direitos dos
mais desprotegidos. Quando as duas se misturam, Pitanga torna-se meio azeda,
vá!
Ontem foi dia!
Entendo que a minha barriga de
sete meses (com ar de 9) já me confere o direito de estacionar o carro à porta,
nos lugares destinados a grávidas, pessoas acompanhadas de crianças de colo e
deficientes.
Enquanto coloco as compras na
bagageira, reparo que uma carrinha de mercadorias estaciona no lugar ao lado do
meu, também ele reservado para os mesmos clientes.
Assumindo que naquela carrinha de
dois lugares não se transportam crianças de colo, esperei para ver o condutor,
afinal sempre podia ser uma “colega parideira” ou alguém que padecesse das maleitas
que afectam o normal caminhar….
Para grande espanto meu (ou nem
tanto), sai de lá, muito alegremente e em passo rápido, um indivíduo jovem e
com ar vigoroso.
Claro está que a desbocada de
serviço não se conteve!
- Olhe, imagino que o Sr. não tenha reparado, mas esse lugar é
reservado a deficientes e grávidas…
O homem olhou-me com ar indignado,
e rosnou: - Oh, francamente! Isto
realmente, a raça humana é o pior que aí anda!
Perante tão inesperado
comentário, limitei-me a dizer-lhe que, de facto, nesse ponto, estávamos de
acordo!
O homem seguiu, em passo
apressado, à vidinha dele (deixando o carro onde estava) e eu fiquei, em autocomiseração,
a sentir-me muito estúpida! É que isto das hormonas da gravidez deixa-me mesmo
com o cérebro toldado, pois que, olhando para a sinalética não assimilei, de
imediato, que o lugar também se destina a deficientes mentais e aquele,
obviamente, era doente encartado!
(Vou sugerir aos senhores do Continente que acrescentem um destes, sempre evita que gente estúpida, como eu, ande por aí a aborrecer quem tem legitimidade de uso!)
quinta-feira, 13 de março de 2014
A Mim Custa-me!
Há quem diga que dizer NÃO aos
Filhos nem sempre dói. Não dói porque se diz “Não” para os proteger, porque
dizer “Sim” implica um mal maior. Porque vê-los na eminência de cometerem erros
que os prejudicarão no futuro e ter a possibilidade de evitar esse cenário com
um simples “Não”, retira desde logo qualquer sofrimento, dificuldade ou
angústia em contrariá-los.
Para mim não, um “Não” dói sempre,
dói-me sempre e muito! Mesmo que o motivo seja dos mais justificáveis!
Ontem à noite o meu Filho
pediu-me para dormir comigo “Só um
bocadinho, Mãe!” (acompanhado daquela expressão doce e subserviente que, aos
dois anos e meio, tão bem sabe usar).
Disse-lhe que não! Que cada um
dorme na sua cama e que o quarto dele é mesmo ao lado do meu!
Ele insistiu! Eu tive vontade de
ceder. Não cedi, mas retorqui: “Só se fizeres cocó no bacio!” (guerra que vimos
travando nos últimos meses).
Ele imediatamente disse que sim.
Prontamente tirámos a fralda e ele sentou-se. Ao fim de poucos segundos disse
que já estava. Fui ver, não estava. Fez só xixi!
- AP, assim não podes dormir com a Mãe, não foi isto que combinámos. Se
não fazes cocó não dormes na minha cama.
Ele imediatamente se sentou, e
esperou. E eu esperei. E rezei que ele fizesse, não só porque é importante que
comece a fazer, mas porque não queria dizer-lhe “Não”. Ele não fez. Eu não cedi
e ele foi para a cama dele. E chorou, e eu chorei por dentro!
Quando me entrou no quarto com a
cara lavada em lágrimas ofereci-me para me deitar na cama dele um bocadinho. Ele
aceitou.
Entre soluços disse: “ O A. “cholou” muito… por causa da Mãe.”
Enquanto lhe explicava porque não
o deixei dormir comigo, que não gostava de o ver chorar, ele acalmava, mas o
meu coração continuava desfeito. Regressei então à minha cama. Ele dormiu.
Durante o sono, sonhei que me
tinha afastado dele. Que o tinha entregue a alguém. Que tinha abdicado de o ter
comigo. Depois chorei, chorei muito e tanto. Quando acordei, chorei mais ainda!
Às seis horas ele veio ter comigo.
Meti-o na minha cama e dei-lhe a mão. Dormimos os dois. Àquela hora já não
havia posição a marcar, já não tinha que lhe dizer “Não”.
Ainda bem, a mim custa-me, sempre,
e muito!
Diz que Ignorar pode ser a Solução.... Espero que Sim!
Não sou de dizer palavrões, pelo
menos, não dos mais feios!
Contudo, em ambiente descontraído,
no trânsito ou em alguma situação de maior tensão, às vezes, sai-me uma palavra
menos “delicada” que, embora não seja um verdadeiro palavrão, não abona a favor
da elegância que se espera na boca de uma senhora (shame
on me)!
Ontem, após ir buscar o AP ao
infantário, a caminho de casa, parei num stop. Enquanto olhava para um lado,
avancei alguns centímetros e, por pouco, não bati na carrinha que vinha do lado
contrário. Pus pé ao travão no momento exacto e, inadvertidamente, ainda com o
coração aos saltos, soltei um tímido “fooosga-se” (e não qualquer sucedâneo mais gravoso).
Do banco de trás, ouço um “fooosga-se”
muitíssimo bem dito, com todas as letras e entoação, o qual foi repetido várias
vezes, sem quaisquer constrangimentos…. à excepção do meu, que me deixou de tal
forma petrificada e perfeitamente incapaz de proferir uma única palavra, ainda
que de repreensão….
Fico-me pela vergonha do mau
exemplo e pela esperança que a minha atitude pouco educativa não tenha feito estragos de maior!
quarta-feira, 12 de março de 2014
Serviço Público!
Toda a gente fala mal das forças
de autoridade, do pouco serviço que apresentam, da caça desenfreada à multa
(coima, em rigor), da perda de tempo a montar radares atrás de moitas em
detrimento da caça aos ladrões, da pura atitude punitiva e nada preventiva que
desenvolvem, da falta de iniciativa para defender aquilo que realmente
interessa, da soberba e falta de humildade com que tratam o cidadão comum, do
abuso de poder, da corrupção, da falta de sentido de amor pelo próximo, da
falta de rigor e de exemplo!
Tudo comportamentos reprováveis, merecedores
de crítica, é certo!
Mas eu cá acho que nem tudo é
mau, que quando a coisa é bem feita, há que dar a mão à palmatória, bater no
peito e assumir: Sim senhor, o homem deu cartas, está de parabéns!
Quanto a mim, e se me permitem
este humilde opinanço, lanço aqui o mote para a criação do grupo de defesa dos
direitos do Cabo de Oliveira de Azeméis! Então o pobre homem, no uso do
seu tempo livre, e envergando a fatiota que o mesmo custeou, resolveu encher de
alegria aquelas senhoras , e agora é achincalhado na praça pública e suspenso de funções,
por tão generoso acto de solidariedade?
Sim, solidariedade, então despir-se
(literalmente e também) de preconceitos, em benefício da felicidade alheia, dando àquelas
pobres senhoras um momento de puro êxtase, não é coisa altruísta e de louvar?
Não
é de gente bem disposta e de bem com a vida, neste Portugal cinzento e azedo,
consumido pelo descrédito e falta de esperança, que o País precisa? Então e a
autoridade não tem também o dever de fazer a população (ou parte dela) mais
feliz?!!!
Serviço público meus amigos é o
que é! O homem devia ser condecorado!!!!
O Vestido da Minha Amiga!
Já aqui vos referi o quanto
a-d-o-r-o vestidos de noiva. Sejam brancos, perola, marfim ou uma outra
qualquer cor mais arrojada, eu cá gosto! Gosto, gosto! Sempre gostei!
Quando decidi casar, ao contrário
do que inicialmente pensei, comprei o primeiro vestido que experimentei (não
sem antes provar tudo o resto que havia na loja!!!), mas a verdade é que foi
aquele que me apaixonou e quando o vesti pela segunda vez, não tive dúvidas!
Lamentavelmente, o facto de me
ter perdido de amores por aquele vestido, já não me permitiu fazer um tour
pelas lojas da especialidade, coisa que me teria dado um gozo tremendo….
Recentemente, uma Amiga muito
especial convidou-me para Madrinha de casamento (juntamente com outra amiga).
Esta semana tirámos um dia para
escolher o vestido e foi óptimo! Foi desde a manhã até à noite, sempre a vestir
e a despir, e a escolher e a sonhar! Fiz agora o tour que me faltava, embora na
3.ª pessoa, mas valeu muito a pena!
Muito obrigada minha F. pelo
privilégio, pela boa disposição, pela amizade de sempre!
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