Se há coisa para a qual não tenho
paciência é para ir ao supermercado!
Sempre que posso, delego tal
tarefa no Sr. Marido, o qual, não só a acata com satisfação como ainda leva o “Pequeno
Príncipe” com ele, permitindo-me assim uma horita de inteiro relaxe, durante a
qual, invariavelmente, me divirto a “fazer” máquinas de lavar, a estender e a
recolher roupa, e tantos outros mimos que a vida doméstica proporciona… é a
loucura!!!!
Se o rapaz fosse daqueles que
aprecia o passeio domingueiro, em “fatreine”,
pelos corredores dos “hipers”, estaríamos mal, pois que se há coisinha que
abomino é esse tipo de programinha familiar deprimente!
Não obstante, por uma razão ou
por outra, há alturas em que as compras não se fazem em momento próprio, e
acabam por me calhar a mim.
Foi o caso desta semana!
Cheguei ao supermercado com a
listinha das faltas, e o cansaço que aquele lugar me impele, agarrei num
daqueles carrinhos do demónio, cuja dificuldade de condução é a mesma que
tentar arrastar um boi em paragem cardio-respiratória, e segui.
Como não tenho paciência (também)
para grandes malabarismos, nem estou em condições de fazer grandes esforços,
opto por deixar o carrinho no corredor central, enquanto vou buscar as compras nas
prateleiras das proximidades.
Com o carro já meio abastecido, e
porque precisava de coisas mais pesadas, lá levei a “furgonete” comigo.
Enquanto olhava atentamente para
os produtos, esmiuçando a variedade da oferta e promoções aplicáveis, apercebo-me
que alguém se aproxima de mim.
Ignoro e continuo atenta ao conteúdo das
prateleiras.
O vulto, aproxima-se mais e, como
que a medo, diz:
- Olhe, desculpe, mas esse carro é meu!
- Ãh?!! O quê?!!! Seu?!!! – Enquanto olho para o interior do
carrinho e, petrificada, constato que aquelas não são as minhas compras! Não
estão lá os meus dois baldes de pipocas, nem as tabletes Milka de tamanho XL!
Não pode ser!
Um pessoa normal o que é que
faria?!!!! Certamente pediria desculpa e entregava, de imediato, o carrinho à
dona!
Mas Pitanga, que é Pitanga, o que
fez? Agarrou o carro da mulher e disse:
- Então e o meu, onde está?!!! (como se a pobre da rapariga tivesse
alguma obrigação de saber!)
Só depois caí em mim e pedi
muitas desculpas, abandonando de fininho aquele maldito corredor, para nunca
mais voltar, tendo encontrado o meu carrinho de compras, à deriva, no mesmo
sítio onde o tinha deixado!
Depois disto, tive aquela linda
conversa no estacionamento, com o rapaz deficiente….!
Percebem porque é que eu prefiro
estender roupa?!!!
Pitanga, mulher, tu não me podes falar das idas ao supermercado assim sem mais nem menos, logo num dia em que um cliente descobriu que a mulher o anda a trair, precisamente por causa do excesso de idas ao supermercado (volta e meia, e normalmente a desoras, a senhora recebia uma sms e lembrava-se, de repente, que tinha de ir ao Modelo, saia e só voltava quase duas horas depois, só com uma escova de dentes, uma garrafão de água..)
ResponderEliminarPelo menos essa não lhe sujava o banco traseiro do carro! ;)
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