Conheço
alguém que, não obstante ser pessoa calma e totalmente adversa a qualquer tipo
de violência, perante atitudes pouco civilizadas, esboça um desejo profundo de
possuir uma arma… sentimento que hoje não só percebi como partilhei.
Então,
regressava eu tranquilamente da creche do meu Filho, quando uma “alminha”,
certamente ainda a dormir ou fazendo pouco uso da cabecinha oca que Deus Nosso Senhor
lhe deu (ou não), atravessa a sua chocolateira verde azeitona na frente do meu
rico automóvel.
Travões
a fundo e toma lá uma buzinadela para acordares!
Desde
logo denoto que a mulher me olha pelo retrovisor como se eu fosse o diabo, mas
o mais caricato foi ver o indígena que a acompanhava, debruçado na janela do
pendura, zurrando os mais variados impropérios (que a insonorização do meu
carrinho, amavelmente, me poupou de ouvir), enquanto gesticulava que nem um
macaco, e acenava a céu aberto o tão mundialmente conhecido “sinal
internacional da amizade”!!!!
Enfim,
é certo que perante tamanha demonstração de boçalidade nem valeria a pena
tentar explicar àqueles dois asnos que eu tinha prioridade…. Ah, mas se eu
tivesse uma arma!!!!
Armas e desejos de sangue à parte, aposto que te sentiste de imediato grata...
ResponderEliminarPor Deus te ter concedido uma panóplia interessante de neurónios (é sempre aborrecido ser-se "filho" único, que é como deve sentir-se o único espécime que habita a cabeça dessa senhora), bem como por te ter brindado com um "companheiro de viagem" menos dado ao português vernáculo e à linguagem gestual.