Não me parece, de todo, que a
grande questão se prenda com a idade, pelo menos com a idade de quem, de facto,
tem que “aguentar”.
A dificuldade não é a passagem do
tempo por si. Se é certo que as “patas de galinha” à volta dos olhos ou as
mamas penduradas até aos joelhos não ajudam, não é isso, de todo, que arrasa as
expectativas de quem, um dia, achou que estava no bom caminho.
Na verdade, parece-me que o
difícil é aguentarmo-nos à rotina, à convivência, à diferença que
necessariamente existe entre dois seres (que por muito unidos que sejam serão
sempre dois). O difícil é saber viver na perspectiva da cedência, da
tolerância, fazendo face à falta de descanso e dinheiro.
O difícil é aguentarmo-nos ao
facto de, talvez, não sermos o centro do mundo!
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