Não tenho presente se já aqui
partilhei que parte das minhas semanas são passadas, em exclusivo, com os dois “piquenos”,
dado que Sr. Marido tem afazeres profissionais que o obrigam a deslocar-se de
casa por 2 ou 3 dia (quando não são 4 ou 5). Já por diversas vezes me/o
questionei se ele não terá uma vida dupla, tipo caixeiro-viajante.
Invariavelmente responde que custa a dar conta de mim, pelo que não se atreveria
a arranjar uma outra megera princesa que lhe azucrinasse o juízo… por esse
ponto de vista tenho que concordar que o rapaz terá alguma razão, não seria
fácil!
Quando ele não está, o início e
fim de dia são quase caóticos, pois que as rotinas adaptadas às necessidades de
duas crianças de tenra idade, associadas aos costumes de uma Mãe vaidosa,
obrigam-me a abandonar o aconchego da cama prematuramente e muito antes de
atingida a hora que o corpo reclama.
Assim sendo, faço um esforço
grande ao levantar-me duas horas antes da hora de saída e, ainda assim, muitas
vezes chego após o horário do fecho da porta da creche (9H30).
Hoje, após pequenas transgressões
estradais, mormente excesso de velocidade, consegui chegar 10 minutos antes…. Para
empancar numa fila de trânsito não habitual no acesso à porta da escolinha. À
minha frente estendia-se uma fila de carros sendo que o primeiro se encontrava
parado, aparentemente, sem nada que o impedisse de andar.
Esperei “calada” cerca de 5
minutos, depois disso, e porque nada naquele cenário fazia sentido, buzinei
timidamente. Nada. Passaram-se mais 10 segundo e voltei a buzinar, desta vez
com mais determinação. Nada de novo. Comecei então a olhar com maior atenção
para o carro que comandava a fila e pela minha mente começou a assomar uma
possibilidade que, por ridícula que era, rapidamente afastei.
Já as 9H30 iam longe, quando constatei,
de facto, e para grande espanto meu, que a minha suspeita, embora absolutamente
caricata, tinha agora confirmação :A dona do carro “estacionou” o dito ali
mesmo e foi à sua vidinha, entregar a sua criança.
A mim e aos restantes otários que
se levantaram cedo o suficiente para chegar a horas à escolinha dos Filhos,
restou-nos esperar e conviver com esta atitude umbilical que tanto povoa os
nossos dias e as nossas gentes!
Lembram-se daquela cena da arma,
não lembram?!!
E viva o civismo...
ResponderEliminarA escola da Mironinho é ao fundo da minha rua, costumamos ir a pé, a não ser que chova - hoje - ou esteja mais atrasada. Tenho dias em que demoro mais tempo às voltas no ao quarteirão a tentar encontrar estacionamento do que se tivesse ido a pé. Sonho com o dia em que não pareça mal abrandar e largá-la no passeio em frente ao portão da escola (5 anos ainda me parece cedo...).
ResponderEliminarPois, exacto, esse é o pensamento lógico, das pessoas razoáveis e bem formadas! Mas nunca te ocorreu largar o carro ali mesmo e ires descansadinha da vida levar a miúda, pois não?
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