sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Isso de procurar lugar de estacionamento é coisa de gente pouco esclarecida!

Não tenho presente se já aqui partilhei que parte das minhas semanas são passadas, em exclusivo, com os dois “piquenos”, dado que Sr. Marido tem afazeres profissionais que o obrigam a deslocar-se de casa por 2 ou 3 dia (quando não são 4 ou 5). Já por diversas vezes me/o questionei se ele não terá uma vida dupla, tipo caixeiro-viajante. Invariavelmente responde que custa a dar conta de mim, pelo que não se atreveria a arranjar uma outra megera princesa que lhe azucrinasse o juízo… por esse ponto de vista tenho que concordar que o rapaz terá alguma razão, não seria fácil!

Quando ele não está, o início e fim de dia são quase caóticos, pois que as rotinas adaptadas às necessidades de duas crianças de tenra idade, associadas aos costumes de uma Mãe vaidosa, obrigam-me a abandonar o aconchego da cama prematuramente e muito antes de atingida a hora que o corpo reclama.

Assim sendo, faço um esforço grande ao levantar-me duas horas antes da hora de saída e, ainda assim, muitas vezes chego após o horário do fecho da porta da creche (9H30).

Hoje, após pequenas transgressões estradais, mormente excesso de velocidade, consegui chegar 10 minutos antes…. Para empancar numa fila de trânsito não habitual no acesso à porta da escolinha. À minha frente estendia-se uma fila de carros sendo que o primeiro se encontrava parado, aparentemente, sem nada que o impedisse de andar.

Esperei “calada” cerca de 5 minutos, depois disso, e porque nada naquele cenário fazia sentido, buzinei timidamente. Nada. Passaram-se mais 10 segundo e voltei a buzinar, desta vez com mais determinação. Nada de novo. Comecei então a olhar com maior atenção para o carro que comandava a fila e pela minha mente começou a assomar uma possibilidade que, por ridícula que era, rapidamente afastei.

Já as 9H30 iam longe, quando constatei, de facto, e para grande espanto meu, que a minha suspeita, embora absolutamente caricata, tinha agora confirmação :A dona do carro “estacionou” o dito ali mesmo e foi à sua vidinha, entregar a sua criança.

A mim e aos restantes otários que se levantaram cedo o suficiente para chegar a horas à escolinha dos Filhos, restou-nos esperar e conviver com esta atitude umbilical que tanto povoa os nossos dias e as nossas gentes!

Lembram-se daquela cena da arma, não lembram?!!

3 comentários:

  1. A escola da Mironinho é ao fundo da minha rua, costumamos ir a pé, a não ser que chova - hoje - ou esteja mais atrasada. Tenho dias em que demoro mais tempo às voltas no ao quarteirão a tentar encontrar estacionamento do que se tivesse ido a pé. Sonho com o dia em que não pareça mal abrandar e largá-la no passeio em frente ao portão da escola (5 anos ainda me parece cedo...).

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    1. Pois, exacto, esse é o pensamento lógico, das pessoas razoáveis e bem formadas! Mas nunca te ocorreu largar o carro ali mesmo e ires descansadinha da vida levar a miúda, pois não?

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