Lembro-me de ser miúda e “discutir”
com uma amiga se a velhice chegaria aos 30 ou aos 40 anos. Lembro-me de termos
fixado nos 40, afinal os pais dela estavam na casa dos 30 e ela não queria ter
pais velhos… (os meus eram mais novos).
Lembro-me de ser adolescente e
fazer contas para ver quantos anos teria quando chegasse o longínquo ano de
2000… teria 23 anos, uma adulta, portanto, esse estágio tão almejado e tão
distante…
16 anos depois do tão apregoado
fim do mundo, olho para trás e arrepio-me com a velocidade com que o tempo
passou.
Mas, na verdade, o mais
assustador de tudo, não é olhar para trás (o que se viveu, bem ou mal, é nosso,
está cá, e ninguém nos tira). O que entorpece é olhar em frente e ter a
consciência de que este “tirinho” de vida, na melhor das hipóteses, se repete!
E se até aqui foi tudo a subir, a
partir daqui a curva inverte-se e a força da gravidade (essa grande puta) não
dá tréguas!
Sim, isto hoje não está fácil!!!
Já cá cantam 43 e não é nada fácil... quando se entra nos "entas" há uma sensação de urgência, de que tudo é para já, para ontem. Há a noção de que já não temos a vida toda pela frente e, por fim, a noção de que passámos a ser sociológica e biologicamente velhas para algumas coisas. Não te vou mentir e dizer que é os 40 são os novos 20 ou os novos 30. Os 40 são uma seca. A sério.
ResponderEliminarBolas, que frontalidade....Estou muito mais bem disposta agora!!! Obrigadinha!
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