terça-feira, 16 de julho de 2013

Sejamos solidários a dar ... e humildes a pedir!

Sou solidária por natureza e fico especialmente agradada quando constato essa mesma qualidade entre as pessoas de quem gosto, pois não só fico feliz pelo acto em si, pela forma como o mesmo facilitará a vida de alguém, como me conforta relembrar que entre os meus Amigos e/ou Familiares estão pessoas de bem. Acredito que é naquilo que damos aos outros sem esperar nada em troca, que nos revelamos!

Numa época como a que vivemos, em que as dificuldades são assombrosas e os pedidos de ajuda proliferam, não consigo deixar de sentir que o que se faz é sempre insuficiente, sendo certo, porém, que o pouco que se dá é de todo o coração.

É especialmente nas redes sociais que os apelos surgem. Seja para fazer face a despesas de saúde, seja para ajudar animais em risco, seja para possibilitar a realização dum sonho, cada um, a seu jeito, é legítimo e, como é óbvio, só ajuda quem quer e quem pode.

Sendo que responder aos apelos que nos vão surgindo diariamente implica recursos maiores do que os que a boa vontade pode oferecer, impõe-se fazer escolhas e, cada um, de acordo com as suas convicções, vontades ou puros caprichos, escolherá abraçar a causa que mais lhe aprouver, se assim o entender!

Pois que, se é certo que a disponibilidade que demonstramos em prol dos outros nos define como ser humanos, também não é menos verdade que a forma como se pede (e se agradece, ou não) nos descobre.

A este propósito confesso que há umas semanas que sigo, com algum interesse, um apelo no Facebook que, não obstante não ter contribuído financeiramente – pois que as minhas opções passaram por outras causas, quanto a mim prioritárias – partilhei e muito tenho desejado que se atinja o objectivo pretendido.

Contudo, há alguns dias a esta parte, tenho vindo a ser surpreendida pela falta de humildade com que o “peticionário” se tem dirigido a quem não respondeu, em géneros, ao seu apelo.

Além de demonstrar uma enorme falta de sentido de oportunidade, mais grave ainda, age, contra aqueles que são os destinatários dos seus pedidos, com a arrogância própria de quem pode exigir o que quer que seja.

Sendo certo que até agora não contribuí para a sua causa porque não me foi possível (e a partir deste momento não contribuirei porque não quero), ainda assim deixo aqui, de borla e de todo o coração, uma advertência que, segundo os meus modestos critérios, encerra em si um valor essencial: "A arrogância precede a ruína, e o espírito altivo, a queda."


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