Sou solidária por natureza e fico
especialmente agradada quando constato essa mesma qualidade entre as pessoas de
quem gosto, pois não só fico feliz pelo acto em si, pela forma como o mesmo
facilitará a vida de alguém, como me conforta relembrar que entre os meus
Amigos e/ou Familiares estão pessoas de bem. Acredito que é naquilo que damos
aos outros sem esperar nada em troca, que nos revelamos!
Numa época como a que vivemos, em
que as dificuldades são assombrosas e os pedidos de ajuda proliferam, não
consigo deixar de sentir que o que se faz é sempre insuficiente, sendo certo,
porém, que o pouco que se dá é de todo o coração.
É especialmente nas redes sociais
que os apelos surgem. Seja para fazer face a despesas de saúde, seja para
ajudar animais em risco, seja para possibilitar a realização dum sonho, cada um,
a seu jeito, é legítimo e, como é óbvio, só ajuda quem quer e quem pode.
Sendo que responder aos apelos
que nos vão surgindo diariamente implica recursos maiores do que os que a boa
vontade pode oferecer, impõe-se fazer escolhas e, cada um, de acordo com as
suas convicções, vontades ou puros caprichos, escolherá abraçar a causa que
mais lhe aprouver, se assim o entender!
Pois que, se é certo que a
disponibilidade que demonstramos em prol dos outros nos define como ser
humanos, também não é menos verdade que a forma como se pede (e se agradece, ou
não) nos descobre.
A este propósito confesso que há umas semanas que sigo, com
algum interesse, um apelo no Facebook que, não obstante não ter contribuído financeiramente –
pois que as minhas opções passaram por outras causas, quanto a mim prioritárias
– partilhei e muito tenho desejado que se atinja o objectivo pretendido.
Contudo, há alguns dias a esta
parte, tenho vindo a ser surpreendida pela falta de humildade com que o “peticionário”
se tem dirigido a quem não respondeu, em géneros, ao seu apelo.
Além de demonstrar uma enorme
falta de sentido de oportunidade, mais grave ainda, age, contra aqueles que são
os destinatários dos seus pedidos, com a arrogância própria de quem pode exigir
o que quer que seja.
Sendo certo que até agora não
contribuí para a sua causa porque não me foi possível (e a partir deste momento
não contribuirei porque não quero), ainda assim deixo aqui, de borla e de todo
o coração, uma advertência que, segundo os meus modestos critérios, encerra em
si um valor essencial: "A
arrogância precede a ruína, e o espírito altivo, a queda."
Muito bom!
ResponderEliminarObrigadinhas!
ResponderEliminarÉ um satisfação para a alma ler tão nobres textos. Fantástico! :)
ResponderEliminarVou assumir que o comentário não encerra qualquer sarcasmo e regozijar-me com a simpatia do conteúdo!
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