quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

Tu cá, Tu lá!

Não sou muito ligada a formalismos, não faço questão de tratamento diferenciado e, na verdade, abomino subserviências forçadas.

Tento relacionar-me com quem me rodeia de modo descontraído, mais ou menos deferente conforme a situação o imponha, sendo certo,porém, que essa imposição nunca parte de mim.

Contudo, também não gosto do "à vontadinha" com que algumas pessoas insistem em confraternizar...

Lá está, não sei se se trata de uma questão própria dos meios mais pequenos, onde toda a gente tem a ilusão que se conhece e que somos todos uma grande família... mas o que é facto, e me irrita sobremaneira, é a facilidade com que se passa do você ao tu.

É óbvio que não me refiro a situações de convívio, em que as pessoas se reúnem num objectivo comum de simples descontracção, refiro-me sobretudo a situações de carácter profissional, seja eu a prestadora do serviço ou beneficiária dele.

Já sei que alguns espíritos mais inquietos dirão: "olha esta agora com a mania que é doutora,..."

Não obstante esse tipo de comentário me afectar tanto como o índice de massa gorda da Michelle Obama, sempre direi que não é essa a questão, não faço honra em ser tratada por qualquer título, tão pouco me incomoda que me tratem por senhora (embora goste mais de menina) ou tão simplesmente pelo nome. O que me incomoda é tratarem-me com a intimidade  que não têm, com a proximidade que não existe e com o distanciamento que eu, tão sofridamente, tento preservar.

Mas o que me deixa com a tripa revoltada é mesmo o dirigirem-se a mim como "minha querida" ou "minha filha".... ou melhor ainda: "Ah, sou tão amiga da tua Mãezinha"...

E então?!! Somos "sisters" por acaso?!

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